Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

6 de abril de 2011

OS FARISEUS


Por Pesquisadora Alessandra Dahya

A palavra fariseu tem a origem em hebraico “proushim”, que traz dois significados e duas interpretações distintas: a primeira, “lifrosh”, ou seja, os que se separam. Já um segundo significado é “leparesh”, isto é, os que interpretam.

Os fariseus consistiam em um grupo separado, oriundo da classe média da época, que interpretava a Torá. Sua existência, enquanto grupo data do segundo século a.C.

A grande parte das fontes históricas descreve a atuação dos fariseus como, partido político, seita ou influência na sociedade de sua época. Mas, não se pode deixar de reconhecer a validade da participação dos fariseus dentro do cenário educacional de seu tempo.

Os fariseus eram conhecedores em potencial da Torá, e interpretavam-na, fortalecendo a tradição oral, que era a única forma de transmissão da Lei de Moisés e de todos os valores vigentes naquele período. Junto com os escribas, se tornaram personagens primordiais na leitura e na escrita, respectivamente.

Segundo Gunneweg, “O farisaísmo, com sua doutrina fundamentada na tradição oral, que tinha a mesma importância que a lei escrita, conseguiu abrir-se criticamente a novas respostas possíveis a perguntas que tinham se tornado atuais.” (2005- p.277).

Muitas são as discussões sobre a contribuição dos fariseus: o cumprimento rigoroso das leis e comportamentos, a ênfase nos rituais e na religiosidade, etc. Entretanto, foram os rabinos e escribas, os responsáveis pela estruturação de todos os registros orais e escritos sobre as Escrituras Sagradas do povo judeu, bem como deram início à estrutura de ensino-aprendizagem de gerações, tendo por base normas de conduta ética e espiritual.

Formando assim os alicerces da educação de uma das principais nações da Antigüidade.


Referências Bibliográficas:
GUNNEWEG, Antonius H.J. História de Israel- dos primórdios até Bar Kochba e de Theodor Herzl até os nossos dias, São Paulo, Editora Teológica, 2005.
BURNS, Edward McNall. História da Civilização Ocidental: do homem das cavernas às naves espaciais. São Paulo, Editora Globo, 2005
CONNOLLY, Peter. Vivendo nos Tempos de Jesus de Nazaré. Israel, Steimatzky, 2000.
FILLION, Luis Claude. Enciclopédia da Vida de Jesus. Rio de Janeiro, Editora Central, 2004

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